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Servidores criticam compra de aeronave intercontinental

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A decisão da governadora Yeda Crusius de comprar uma nova aeronave para o governo do estado causou surpresa e indignação entre os trabalhadores gaúchos. Desde que assumiu, a governadora mantém uma forte política de corte de investimento das secretarias e de reajuste zero para o funcionalismo público alegando o déficit nas contas do estado.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindsepe), Cláudio Augustin, considera um absurdo a compra de um novo jato para o governo estadual. O sindicato apresentou com demais entidades uma emenda ao orçamento de 2009 para que o governo investisse os 12% da receita previstos em lei na saúde.

No entanto, reclama Augustin, a proposta foi engavetada em nome do ajuste fiscal. "Mostra bem o perfil desse governo. Que é cortar gastos essenciais para gastar no supérfluo", diz.

O modelo a ser comprado pela governadora é um jato intercontinental com capacidade de até 20 passageiros. O preço varia entre US$ 8 e US$ 26 mi, o que em real fica entre R$ 18mi e R$ 60 mi. De acordo com Yeda, a troca foi sugerida pelo presidente Lula e tem como motivos a maior autonomia e segurança dos integrantes do governo.

Dinheiro que, para Isaac Ortiz, presidente do sindicato dos escrivães, inspetores e investigadores de Polícia (UGEIRM), deveria ser aplicado na segurança da população gaúcha. "Na área de Segurança Pública ela [Yeda] fez um corte de mais de 50%. Nós chegamos a 2 mil homicídios em 2008 e ela nada fez para modificar esse quadro. Esses homicídios chegaram a esse patamar por falta de investimento no estado", diz.

Atualmente, o Rio Grande do Sul possui um avião King Air, comprado há 12 anos e com capacidade para seis pasageiros, e dois helicópteros.

Informações da Agência Chasque.

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