O pacote de Yeda
terça-feira, 10 de novembro de 2009
O "diabo" não está só nos detalhes
Na semana que vem, este Informes trará uma análise mais aprofundada do chamado "pacote de Yeda" que foi anunciado pela governadora na última quinta-feira (5/11). O pacote prevê algum aumento de salário para professores e brigadianos mas, em contrapartida, começa a destruir o plano de carreira do magistério, passa longe dos percentuais reivindicados pelos policiais militares e não inclui qualquer reposição para o quadro geral de funcionários do Executivo.
Por enquanto, o que se sabe sobre o pacote é somente o que foi publicado pela imprensa pois os projetos de lei ainda não chegaram à Assembleia Legislativa. Assim, o que se tem até agora é só a versão que o governo tratou de tornar muito positiva das medidas, criando até o apelido de "pacote de bondades". Mas a sabedoria popular já nos ensinou que "o diabo mora nos detalhes", por isso será preciso uma análise cuidadosa de cada um dos itens da proposta de Yeda. Será fundamental, por exemplo, saber exatamente como o governo vai tentar explicar o "detalhe" da meritocracia - uma medida perigosa porque que cria espaço para profundas distorções e ainda se presta a todo o tipo de privilegiamento. Quem conhece as experiências de Minas Gerais e Pernambuco, inspiradoras de Yeda, sabe que lá, os funcionários foram profundamente prejudicados.
Além disso, está nítido que muito mais do que reconhecer as dificuldades das categorias, Yeda está tentando melhorar a sua imagem (ela tem a pior avaliação da história de todos os governadores do Brasil desde que estas pesquisas começaram a ser feitas) desgastada pelos conflitos permanentes, pela truculência, pela arrogância, pela falta de diálogo e, principalmente, pela montanha de corrupção de seu governo.
Então, quem conhece o "novo jeito de governar" já sabe que o diabo não estará só nos detalhes da proposta de aumento, mas no potencial que este tipo de medida tem para contribuir com um projeto político que já se mostrou devastador das conquistas históricas dos trabalhadores.
Ainda esta semana estaremos nos pronunciando sobre isto.
Bohn Gass
Na semana que vem, este Informes trará uma análise mais aprofundada do chamado "pacote de Yeda" que foi anunciado pela governadora na última quinta-feira (5/11). O pacote prevê algum aumento de salário para professores e brigadianos mas, em contrapartida, começa a destruir o plano de carreira do magistério, passa longe dos percentuais reivindicados pelos policiais militares e não inclui qualquer reposição para o quadro geral de funcionários do Executivo.
Por enquanto, o que se sabe sobre o pacote é somente o que foi publicado pela imprensa pois os projetos de lei ainda não chegaram à Assembleia Legislativa. Assim, o que se tem até agora é só a versão que o governo tratou de tornar muito positiva das medidas, criando até o apelido de "pacote de bondades". Mas a sabedoria popular já nos ensinou que "o diabo mora nos detalhes", por isso será preciso uma análise cuidadosa de cada um dos itens da proposta de Yeda. Será fundamental, por exemplo, saber exatamente como o governo vai tentar explicar o "detalhe" da meritocracia - uma medida perigosa porque que cria espaço para profundas distorções e ainda se presta a todo o tipo de privilegiamento. Quem conhece as experiências de Minas Gerais e Pernambuco, inspiradoras de Yeda, sabe que lá, os funcionários foram profundamente prejudicados.
Além disso, está nítido que muito mais do que reconhecer as dificuldades das categorias, Yeda está tentando melhorar a sua imagem (ela tem a pior avaliação da história de todos os governadores do Brasil desde que estas pesquisas começaram a ser feitas) desgastada pelos conflitos permanentes, pela truculência, pela arrogância, pela falta de diálogo e, principalmente, pela montanha de corrupção de seu governo.
Então, quem conhece o "novo jeito de governar" já sabe que o diabo não estará só nos detalhes da proposta de aumento, mas no potencial que este tipo de medida tem para contribuir com um projeto político que já se mostrou devastador das conquistas históricas dos trabalhadores.
Ainda esta semana estaremos nos pronunciando sobre isto.
Bohn Gass








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