Povo Palestino recebe apoio dos gaúchos
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
O ato em apoio ao povo palestino, realizado na Assembleia Legislativa (13/01), tomou às ruas de Porto Alegre. Após a leitura de documento que condena o massacre contra o Povo Palestino , praticado pelo Estado de Israel, centenas de manifestantes marcharam até o centro e fizeram um grande ato na Esquina Democrática de Porto Alegre. Centrais Sindicais, Partidos Políticos, Movimentos Sociais e uma expressiva representação da comunidade árabe e palestina fizeram do centro da capital gaúcha um grande símbolo contra o genocídio que ocorre na faixa de Gaza. “Sou palestino, não faço guerra, defendo a minha terra” e “ Bush assassino” foram as palavras de ordem mais entoadas durante o protesto, que foi seguido de caminhada até a Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino do Rio Grande do Sul divulgou documento com informações que remontam à origem do conflito na Faixa de Gaza e à atual ofensiva promovida pelo exército de Israel, convocando a população a denunciar e combater o genocídio promovido por aquele Estado com o apoio dos EUA. O Comitê exige o fim imediato dos ataques e agressões ao povo palestino; a retirada incondicional das tropas israelenses e o levantamento do cerco a Gaza; a abertura de passagens para ajuda humanitária; o fim da ocupação militar no território palestino e a garantia de um Estado Palestino livre, laico, soberano e viável.
Para o deputado Dionilso Marcon (PT), presente no ato e representando o Partido dos Trabalhadores, o povo palestino deve continuar firme na resistência, buscando ampliar ainda mais o apoio que já se soma aos de milhões pessoas em todo o mundo contra às atrocidades promovidas pelos Estado de Israel, especialmente, no que diz respeito aos crimes de guerra cometidos pelo exército sionista contra civis (crianças, idosos e mulheres).
Leia o documento na íntegra:
Em 1947 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a partilha que dividiu a histórica Palestina em dois estados (Israel e Palestina). Quase 800 mil palestinos foram expulsos de forma brutal e sangrenta de suas terras, vilas e lares. Sessenta anos após, o povo palestino continua resistindo à ocupação israelita-sionista. Mesmo condenado a sobreviver em campos de concentração dentro de 17,2% do que lhes restou de suas terras, ou a ser cidadãos de segunda categoria dentro das fronteiras de Israel.
O que acontece na Palestina?
A nação palestina sofre um verdadeiro regime de Apartheid: cidades cercadas por muros e arames farpados, mais de 600 postos de controle que impedem a livre circulação, servindo como instrumentos de castigo coletivo à população. A construção promovida por Israel de assentamentos ilegais, os mais de 10 mil presos políticos nos cárceres israelenses, a “ocidentalização” de Jerusalém Oriental, mostram que Israel ocupa a Palestina, militar, econômica e politicamente.
Quem são os Palestinos?
Os palestinos são aproximadamente nove milhões. Quatro milhões vivem na Jordânia, Síria, Líbano e outros paises árabes onde sobrevivem em campos de refugiados. Um milhão de palestinos encontra-se em diáspora nos mais diferentes países. Mais quatro milhões vivem nos territórios ocupados da Palestina, Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel.
Os palestinos vivem sob a política segregacionista do governo de Israel, que detém o controle do fornecimento de água, eletricidade e combustíveis. A movimentação dos palestinos é severamente controlada por 600 barreiras militares, muro da vergonha com 700km de comprimento e 8m de altura, que corta e cerca a Palestina.
Israel controla todas as fronteiras, não permitindo o retorno dos palestinos. A Faixa de Gaza é a área de maior densidade populacional do planeta, com cerca de quatro mil habitantes por quilômetro quadrado.
O massacre
Desde o dia 27 de dezembro de 2008, o exército de Israel vem promovendo um novo massacre. Não podemos chamar de guerra esta carnificina, onde o quarto maior exército mundial executa indistintamente crianças e mulheres com o pífio argumento de que combate as forças do Hamas. Esta agressão criminal é contra o povo palestino, suas casas, escolas, mesquitas, hospitais, crianças, mulheres e anciões. Terrorismo, para Israel, é qualquer ato de resistência, é qualquer árabe que não se submeta aos ditames dos invasores.
As verdadeiras razões da barbárie
Às vésperas das eleições em Israel, o governo sionista lança os violentos ataques ao povo palestino com a intenção de promover eleitoralmente seus partidos às custas do sangue de inocentes. Ao mesmo tempo que busca, através da força, dividir a nação palestina e seus representantes, para impedir a criação de um Estado Palestino livre e soberano.
O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino – RS convoca - A todos os democratas do mundo a denunciar esta monstruosidade e combater, de todas as formas possíveis, as atrocidades do governo de Israel e seu comparsas imperialistas , os EUA, com sua política de dominação opressiva, massacrando povos do oriente médio, como Iraque, Afeganistão, Palestina, Líbano...
1- FIM IMEDIATO DOS ATAQUES E AGRESSÕES AO POVO PALESTINO;
2- RETIRADA INCONDICIONAL DAS TROPAS ISRAELENSES E LEVANTAMENTO DO CERCO A GAZA;
3- ABERTURA DAS PASSAGENS PARA AJUDA HUMANITÁRIA;
4- FIM DA OCUPAÇÃO MILITAR DO TERRITÓRIO PALESTINO;
5- POR UM ESTADO PALESTINO LIVRE, LAICO , SOBERANO E VIAVÉL.
Jornalista responsável: Kiko Machado MTB9510
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